Foco na Mídia

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Escândalo da Petrobrás ganha maiores proporções e ameaça Governo

Logo da Petrobras na sede do Rio de Janeiro



Se a Grande Mídia considerou o Mensalão o maior escândalo de corrupção da história do país, o caso da Petrobrás não vai demorar para ser visto como o maior do universo.

Claro que a dose de subjetividade nessas conclusões é altíssima - principalmente considerando que os dados de corrupção são parciais por natureza - , mas com uma imprensa que mistura informação com opinião diariamente, o que se configura numa típica técnica de manipulação, é quase normal acreditar em juízos de valor desse tipo.

Independente dessa questão, o escândalo da Petrobrás já atinge um escalão altíssimo quando o assunto é corrupção nacional.

Ontem a mídia noticiou a existência de indícios, encontrados pelo Tribunal de Contas da União, de sobrepreços em obras e investimentos da estatal – alguns sem licitação - que somados chegam a 3 bilhões de reais.

Um valor que impressiona a primeira vista e que vai causar grandes estragos políticos para o PT caso confirmado.

O Presidente do Tribunal, Augusto Nardes, já falou que esse é “o maior escândalo de corrupção da história do TCU”, declaração que protagoniza manchetes nessa quarta-feira (12/11).

A tendência é que o escândalo ganhe maiores proporções nas investigações e na própria mídia, que sabe muito bem como aproveitar o momento político de exaltação ideológica e conservadorismo latente para conseguir novos adeptos às sua ideologia.

Enquanto as instituições democráticas descobrem novos fatos, a mídia procura - e encontra  - outros enfoques, declarações e ponatos de vista que servem par manter o assunto em pauta e ocultar casos de corrupção da oposição – como a prescrição da pena de Marco Tebaldi, deputado Federal do PSDB de Santa Catarina condenado ontem (11/10) pelo Supremo Tribunal Federal.

Mais uma vez, independente dessa conduta, a Petrobrás hoje vive uma situação preocupante e, politicamente, é uma mina de ouro para os conservadores. 

Muitos jornalistas estão com esse tema em mente e continuarão dando atenção ao mesmo a cada passo das investigações.

Uma matéria da Folha, por exemplo, trata sobre o conhecimento que o Governo tinha das irregularidades de obras e investimentos. O presidente do TCU declarou que “informou o Governo”, mas não foi escutado.

Esse suposto conhecimento é receita para indignação da audiência e da sociedade, consequência que pode gerar efeitos radicais na população.

Boa parte da militância petista irá ignorar as notícias da Grande Imprensa por desconfiar profundamente de sua legitimidade e imparcialidade.

Mas se aparecerem indícios concretos que relacionem políticos de alta cúpula com irregularidades na Petrobrás, os pedidos de Impeachment, que hoje são absurdos, ganham argumentos sólidos e apoio massivo.

E se isso acontecer no cenário polarizado que divide o país entre petistas e anti, tal como separa corinthianos de opositores ferrenhos, o PT terá problemas para aguentar as críticas e inclusive para se legitimar no poder.

Enfim, o cenário político hoje aponta muitos problemas para o futuro.

Caberá ao PT e à sua militância tratar esses assuntos com inteligência suficiente para não sofrer um Impeachment que enterraria o partido politicamente.
           


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